As comunidades sofrem em função das conseqüências das emergências produzidas pelos fenômenos naturais ou antropogênicos. Estas situações complexas geram, além de perdas de vidas e bens, desequilíbrios psicológicos
e psicossociais, alteração do meio ambiente, efeitos negativos sobre o sistema econômico-financeiro e, ainda, grande impacto nas mídias.
Para reduzir as conseqüências dos desastres em uma comunidade, ou mesmo
em uma região ou país, não é suficiente analisar e conhecer os seus efeitos, saber coordenar as ações de ajuda humanitária ou admitir as deficiências do modelo de desenvolvimento. Hoje é necessário: identificar e avaliar as ameaças, conhecer as vulnerabilidades e implementar políticas públicas de gestão de risco.
Por isso, o desafio atual é abordar essa problemática, a partir de uma perspectiva integradora, a qual incorpore as mudanças e
os novos condicionantes políticos e sócio-econômicos. Para tanto é preciso envolver os diversos atores e setores do Estado e da comunidade, considerando sua cultura, valores e costumes, a fim de tomar decisões eficientes e eficazes em todas as etapas do processo de gestão de risco (prevenção, mitigação, preparação, resposta, reabilitação e reconstrução), e a experiência tem demonostrado que os profissionais que atuam nesta área carecem de ferramentas teóricas e práticas apropriadas para desenvolver-se neste novo contexto.
Buscando
atender essa demanda, está sendo preparado pela
quarta vez no Brasil o Curso Internacional sobre Desastres,
Saúde
e Desenvolvimento que será realizado pela Coordenação
Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
(CGVAM) da Secretaria de Vigilância em Saúde
(SVS) do Ministério da Saúde e pela Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), com a organização
do Departamento de Ciências da Administração
e do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas
sobre Desastres (CEPED), ambos da Universidade Federal
de Santa Catarina. O curso terá, ainda, a colaboração
da Líderes, Fundación para la Gestión
Integral de Riesgo, com sede na Argentina
OBJETIVO GERAL:
Promover o aprofundamento e atualização
de conhecimentos necessários
para liderar ações
de gestão de risco orientado à saúde,
desastres e desenvolvimento no Brasil e na região
das Américas. |
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OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
•
Oferecer conhecimentos e ferramentas que permitam
formular e implementar políticas sócio-ambientais.
• Facilitar mecanismos de coordenação
inter e intrasetorial e multidisciplinar.
• Criar um espaço de diálogo e
intercâmbio de experiências nacionais
e regionais.
• Desenvolver estratégias eficientes para
fortalecer os processos na tomada
de decisões.
• Identificar modalidades de comunicação
efetiva entre as instituições e as comunidades
em situações de risco.
• Aprimorar a capacidade de resposta às
emergências epidemiológicas de relevância
para o Brasil.
• Apoiar a formulação e elaboração
de Planos de Contingências sobre desastres. |
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MODULOS:
Este curso internacional abordará vários temas sobre a atuação intersetorial em desastres, mais notadamente,
nos que se refere à:
Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada a desastres
Indicadores de Vigilância Ambiental em Saúde
Políticas regionais em desastres
Sistema Nacional de Defesa Civil e a Política Nacional de Defesa Civil
Conceito sobre gestão de risco
Aspectos psico-sociais em situações de desastres
Mudanças climáticas globais e saúde
Emergências Rádio-nucleares
Gestão de emergências químicas
Sistemas de informação em emergência química
Articulação de políticas urbanas com o setor saúde
Comunicação de risco
Assistência pré-hospitalar em situação de desastres (naturais e químicos)
Saúde ambiental em desastres
Epidemiologia de desastres
Atuação das instituições em resposta a desastres
Liderança
Plano de preparativos e resposta do setor saúde frente a desastres
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